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colestase associada a platinossomose

  • 1 de ago. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 7 de ago. de 2022

A colestase é um achado relativamente comum na rotina ultrassonográfica de pequenos animais, caracterizada pela dilatação das vias biliares.

Uma característica das vias biliares é que uma vez dilatadas, elas perdem a sua complacência, ou seja, não possuem a capacidade elástica de voltarem a ter o diâmetro original que tinham antes da dilatação se instalar. Isso quer dizer que uma vez dilatadas, as vias biliares podem apresentar-se assim para sempre.

Isso torna o diagnóstico da colestase um desafio, pois as vias biliares dilatadas podem indicar uma patologia ativa (e possível causa do paciente necessitar do atendimento) ou uma patologia antiga, já tratada inclusive.

Uma vez identificada a colestase, algumas manobras são necessárias para identificar a possível origem, e dentre elas está a localização e caracterização da papila duodenal.

Lesões na papila duodenal (como pólipos ou neoplasias), coledocolitíases e processos inflamatórios duodenais são frequentemente observados como possíveis causadores de obstrução da papila duodenal.

A colestase intrahepática refere-se a dilatação das vias biliares internas ao parênquima hepático.

As vias biliares intra-hepáticas drenam o conteúdo até a vesícula biliar, que no caso deste paciente felino, não se apresentava extremamente dilatada, porém continha um discreto sedimento ecóico, que sempre remete a patologia nos pacientes felinos.

O vídeo a seguir é do mesmo paciente felino que apresenta dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas. Neste caso a avaliação da papila duodenal se faz obrigatória e, não apresentou lesões que pudessem indicar processo obstrutivo. Dessa forma, não foi possível esclarecer apenas pela ultrassonografia a origem da colestase.




Nesses casos, quando observamos colestase e algum grau de pontos ecóicos em vesícula biliar, um dos diagnósticos diferenciais de possíveis causas da colestase é a platinossomose. Essa parasitose, causada pelo Platynosomum fastosum é relativamente comum nos felinos, sobretudo naqueles mais ativos e caçadores.

O paciente dessas imagens teve o diagnóstico confirmado em necropsia e histopatologia (causa da morte foi leucemia mieloide associada a amiloidose hepática, renal e esplênica).

O parasita foi encontrado nas vias biliares intrahepáticas também, o que me fez pensar: será que eram aqueles filamentos hiperecóicos que aparecem no vídeo em que usei o Doppler?? Fica ai a questão...

Até a próxima seguidougs!

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