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dia do veterinário com dicas de relatório

Primeiramente, parabéns a todos os médicos veterinários pelo seu dia! Eu pensei em vários temas de post para este dia tão especial: dicas de carreira, falar da trajetória de alguns colegas, etc... mas acho que nada melhor que um post com dicas para presentear meus amigos e colegas veterinários.

Então neste post vamos falar de algumas dicas que são rápidas mas que podem tornar nosso relatório mais eficiente e com menos falhas.

temos um post com termos usados no relatório, clique aqui para acessar, pois este post acaba sendo um complemento

primeiro: atente-se à língua portuguesa

Sim, a nossa língua é complexa e difícil porém, precisamos utilizá-la a nosso favor e percebo que às vezes a usamos de maneira errada. Um exemplo: a palavra diâmetro.

É comum observamos em relatórios que foi mensurado o diâmetro da próstata. Mas a próstata não tem diâmetro! O diâmetro é a maior extensão de um círculo, ou seja: só serve para estruturas circulares (o que não é o caso da próstata). Logo, usaremos diâmetro apenas em estruturas e lesões redondas, que são o caso de alguns cistos, nódulos, e o corte transversal de estruturas tubulares, como vasos, ureter e útero.

para saber as medidas da próstata, clique aqui!

Por outro lado, se você está descrevendo um nódulo ou cisto, e coloca que ele tem 0,5cm de diâmetro (por exemplo), você não precisa descrever que ele é redondo/circular, pois se você escreveu a medida de diâmetro, obrigatoriamente ele é circular.


Outra confusão que observo com frequência é a confusão dos termos espessa e espessada. A palavra espessada deve ser usada quando a medida de espessura está aumentada à sua normalidade, já a palavra espessa refere-se a uma espessura que, normalmente, é maior quando comparada com outra. Vamos aos exemplos:

A parede do duodeno é mais espessa que a parede do cólon (isso, normalmente falando). Mas se o cólon estiver com a parede da mesma espessura que do duodeno, a parede do cólon tornou-se espessada. Deu pra entender?


segundo: descrição adequada

Eu devo fazer a descrição do relatório de uma maneira que o clínico entenda? Devo ser técnico, devo ser detalhista ou minimalista? Bom, o seu relatório é o produto de todo o seu conhecimento transcrito para descrever as imagens obtidas em seu exame. Um relatório muito resumido pode parecer que seu conhecimento também é resumido, e um relatório demasiadamente extenso pode parecer cansativo e desnecessário.

O que eu prezo é: colocar o máximo de informações possíveis com o menor número de palavras possível. Esse é um treino diário e aprendi a fazer isso redigindo resumos para artigos e congressos, onde temos que utilizar um número máximo de caracteres: é um verdadeiro desafio.

Porém, termos técnicos e ultrassonográficos devem ser usados sem medo e de maneira adequada em nosso relatório. Isso acontece em todas as modalidades de exame, sejam de imagem ou não. Logo, todos os parâmetros ultrassonográficos utilizados na descrição de um órgão, estrutura ou lesão devem ser contemplados em nossa descrição, fique extensa ou não, fique "bonita" ou não.

Pense comigo: a descrição ultrassonográfica tem que ser amais técnica possível. Se você achou complexo demais para o entendimento clínico, você pode colocar comentários ao final do relatório, transcrevendo de uma maneira mais didática a descrição que achou complexa.

Mas não deixe de descrever algum achado pensando que o clínico não saberá interpretar.


terceiro: onde colocar a impressão diagnóstica?

Essa é uma dúvida frequente e também vai do relatório de cada um. Algumas vezes, fica melhor colocarmos a impressão diagnóstica ao lado/na sequencia da descrição ultrassonográfica de cada órgão ou estrutura.

Porém, às vezes os achados em mais de um órgão diferente estão associados a um mesmo diagnóstico. Por isso, eu acredito que colocar uma impressão ao final do relatório seja mais eficiente.

Além disso, na hora de colocar as patologias, podemos colocar as patologias em diversas ordens diferentes. Eu costumo colocar da mais grave (ou urgente) para a menos grave. Se todos os diagnósticos tem um nível de gravidade semelhante, eu coloco primeiro o que se conflui com a suspeita clínica do paciente. Se não tivermos uma suspeita clínica, eu coloco na ordem em que descrevi os órgãos.


mais dicas?

Bom, eu solicitei a alguns amigos ultrassonografistas que me dessem algumas dicas de relatório também, mas ao invés de digitar aqui, vou deixar elas mesmo falarem com os seguidougs!



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