Você sabe a diferença entre estes dois termos? Pois aprendi mais sobre o termo ectasia e vim qui dividir isso com vocês. A dilatação das estruturas tubulares é um achado relativamente comum nos nossos exames ultrassonográficos e, recentemente, estava estudando e encontrei um termo que subutilizamos em nossos relatórios: ectasia.
Esse termo vem do grego éktasis e refere-se a dilatação ou distensão de um órgão ou estrutura que é tubular. Na rotina, utilizava este termo apenas em casos de dilatação de pelve renal (pielectasia) mas estudando um pouco mais a fundo, percebi que podemos utilizá-lo em quase todas as estruturas tubulares: ectasia biliar, ectasia de ducto pancreático, ectasia vascular, bronquiectasia (essa já conhecia), pielectasia (esse também já conhecia)...
Porém, comecei a raciocinar uma coisinha: se o termo ectasia refere-se a dilatação, porque utilizamos colestase quando observamos as vias biliares dilatadas
Pois vamos lá: a colestase é a condição na qual a bile não flui de forma eficiente pelas vias biliares até o duodeno. Seja por uma condição mecânica (como nódulo, litíase, efeito massa) ou pelo aumento da viscosidade da bile.
O que ocorre é que a colestase geralmente está associada a dilatação das vias biliares, e é isso que observamos na ultrassonografia: a ectasia biliar (dilatação das vias biliares).
Porém, as vias biliares uma vez dilatadas, perdem a complacência e não retornam ao seu diâmetro original.
Isso quer dizer que quando observamos as vias biliares dilatadas, podemos estar nos deparando a uma real colestase que está ativa naquele momento, ou apenas é uma ectasia biliar resultante de uma patologia anterior, já corrigida ou tratada...
E é por isso que comecei a utilizar este termo nos meus relatórios, ao invés de colestase, pois o que estamos vendo é a ectasia biliar.
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