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mucocele biliar

As alterações de vesícula biliar são frequentes na rotina da ultrassonografia de pequenos animais. Eu não me lembro de um dia da rotina em que eu não tenha realizado o exame de pelo menos um paciente com alterações na vesícula biliar. Desde aquele discreto sedimento até as litíases ou a temida mucocele.

As alterações de vesícula biliar geralmente estão correlacionadas com alterações nas estruturas adjacentes e das quais a vesícula biliar esta associada, como o fígado, o duodeno e o pâncreas (este, principalmente nos felinos).

Por outro lado, a vesícula biliar também acaba refletindo alterações sistêmicas geradas por estruturas distantes, como é o caso do hiperadrenocorticismo(hac). A mucocele de vesícula biliar, no caso de um paciente com hiperadrenocorticismo, não tem sua fisiopatologia totalmente esclarecida. Porém, a alteração da motilidadade da vesícula biliar (colestase) e a hiperlipidemia dos pacientes com HAC são fatores de risco.

Na paciente do quadro 'Música e Descrição' (quadro do Instagram) desta semana, a paciente é uma Lhasa Apso já diagnósticada com HAC, e a mucocele está em um dos graus em que a parede encontra-se friável, onde o próximo passo é a necrose de parede.

Neste caso, observamos o conteúdo luminal ecogênico, heterogêneo, com um padrão estriado e concêntrico. A parede está espessada com presença de estrias hiperecóicas e irregularidade de superfícia interna.

Esse padrão estriado da parede sugere que ela está friável e, a partir desse estágio o tratamenteo medicamentoso já não oferece eficácia que melhore o prognóstico do paciente, sendo necessária a remoção cirúrgica. Por outro lado, a alta taxa de mortalidade pós-cirúrgica dos pacientes operados coloca em questão a conduta cirúrgica também, deixando então a conduta do clínio "entre a cruz e a espada".

Na imagem abaixo coloquei um esquema, originalmente criado pela Professora Cibele Carvalho para o Instagram do NAUS, para que vocês possam ver a evolução da mucocele de vesícula biliar e correlacionarem essa evolução com a vesícula biliar observada no noss caso.


Adaptado do esquema produzido pela Professora Cibele Carvalho

Na minha percepção. a vesícula biliar da nossa paciente está no penultimo grau do esquema, com a parede friável. E vocês, já pegaram pacientes em todos estes graus?


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